domingo, 9 de abril de 2017

Minha primeira cirurgia, e uma semana inteira sem café

Há alguns anos tive que realizar dois tratamentos de canal (um em cada dente of course). Graças a lady murphy, meu dente quebrou quando estava comendo pipoca, lá por 2007. A questão é que fiz o tratamento, não foi bom mas ok, deu tudo certo. No começo deste ano, 2017, do nada meu dente (o do tratamento de canal), fez o favor de quebrar novamente, dessa vez bem próximo à raiz, e eu sequer notei como ele quebrou... Meu dentista verificou isso numa consulta de rotina. Até aí tudo bem, ele fez uma limpeza e agendou uma visita para realizar alguns raio x e verificar se poderiam haver infiltrações, o que não tinha, graças a deus. No entanto, meu dentista me orientou a consultar com um periodontista pois era quase provável que iria necessitar de um procedimento cirúrgico na gengiva. 



Quando ele falou isso já comecei a ficar preocupada. Porém ao conversar com o especialista em gengivas, ele me explicou o que estava acontecendo, que eu de fato necessitaria de uma cirurgia, mas que ela seria bem tranquila, com anestesia local, pequena incisão, e que era realmente necessário devido ao meu dente ter quebrado muito próximo à gengiva, o que impossibilitaria que o dentista que estava me tratando anteriormente pudesse fazer uma coroa clínica resistente.



No dia 31 de março estava bem nervosa, a cirurgia estava marcada para às 18h35. Conversei bastante com o doutor de forma a tirar todas as dúvidas. Era minha primeira cirurgia, não tinha ideia de como seria. Nunca tive dente ciso.. Enfim, depois da anestesia local, eu não sentia mais nada além da sensação de dormência bem engraçada na boca e principalmente na língua. O procedimento demorou em torno de 1h. Foi bem tranquilo, mas na semana posterior a alimentação teve que ser bem restritiva. Nada quente. Café? Nem pensar. 



Foi uma semana bem difícil, sou acostumada a tomar em torno de duas a três xícaras de café preto por dia. Fiquei comendo sorvete, bebendo água gelada, bolacha maria com leite desnatado e frio. Tinha que tirar os pontos na sexta feira, dia 07/04. Estava com bastante receio de como seria esse processo, já que nunca sequer tinha necessitado de pontos. No momento de escovar os dentes o fazia com bastante cuidado, mas mesmo assim, quando eventualmente encostava a escova de leve no ponto sentia um desconforto bem chato. Com isso imaginei como seria o doutor removendo os pontos.. 


Doeu, doeu muito. Senti como se meu dente estivesse sendo arrancado. Após esse momento traumático a dor foi passando. Cabe mencionar que meu corpo estava em abstinência de cafeína. Por isso a dor foi potencializada pela falta de cafeina. 






No sábado consegui tomar café, meio morno é claro, mas era café. Isso que importava. Desde então não sinto mais dor de cabeça. 




quarta-feira, 5 de abril de 2017

Cachoeirinha e algumas dificuldades de mobilidade...

Logo que nos mudamos para esse bairro, em 2014, não tínhamos nenhuma opção de transporte público. Tinhamos que caminhar quase dois km para conseguirmos pegar qualquer ônibus.

Foto de minha autoria
Estamos em 2017 e graças a deus temos a Transcal, com a qual podemos contar sempre. Porém quase não temos horários de ônibus internos aqui no bairro Chácara das Rosas em Cachoeirinha.

Antigamente podíamos sair para gastar dinheiro na própria cidade, sem maiores preocupações sobre como voltaríamos para casa, pois a maioria dos ônibus tinham como terminal final nosso bairro... Após um "remanejamento" de horários feito pela própria empresa que opera o transporte interno no mês de fevereiro nós moradores ficamos praticamente sem opções.

Quando não é possível pedir um uber a única opção são os ônibus metropolitanos. Acompanhe o meu raciocínio, por favor: Estamos com um grande problema econômico no País.. Quando necessitamos comprar algo, remédios por exemplo, qual a opção que será utilizada?

Obviamente será ir até a capital comprar o que poderia ser comprado aqui mesmo em Cachoeirinha.
Não sei onde que isso é bom para a nossa cidade, mas ok né. Perde-se um tempo absurdo tendo que se locomover 25 km para ir até a Panvel de Porto Alegre comprar remédios que poderiam muito bem ter sido comprados aqui mesmo, na Panvel de Cachoeirinha. Enfim, whatever. Foi mais um desabafo.

sábado, 15 de outubro de 2016

Dilemas de uma adolescente

Neste mês de outubro comemora-se o dia das crianças, inevitáveis as lembranças daquela época... A única tarefa necessária e obrigatória era estudar. Entrei muito cedo no colégio, como meus pais trabalhavam no campo, a maior parte do tempo eu ficava com meus avós paternos, e o restante do tempo eu estava no antigo prézinho. Antes mesmo de aprender a somar e subtrair meus avós e meus pais já me estimulavam a resolver pequenas equações. Comecei a ir a aula com três anos e meio: adorava aprender coisas novas, conhecer pessoas, entender um pouco mais desse mundo estranho e desconhecido.
Meus pais saíram do interior do RS ainda em 1997, foi quando conheci Porto Alegre City. Com seis anos já estava sendo matriculada na primeira série do antigo ensino fundamental. Fiz a primeira série em um colégio de ensino fundamental incompleto que tinha ali quase na av. independência. Depois me matricularam no Colégio Estadual Marechal Floriano Peixoto. Fiquei ali para a segunda e a terceira série. Depois meus pais se mudaram, e eu fui matriculada na Escola Estadual de 1º Grau Benjamin Constant. Foi ali que fiz a 4º, 5º, 6º, 7º e 8° séries. Lembro como se fosse ontem das amizades que fiz ali, das tretas que vi acontecerem, da agonia de não saber em qual colégio eu conseguiria vaga para cursar o Ensino Médio.. Queria muito conseguir vaga no mesmo colégio que minhas melhores amigas tinham ido, o Julio Grau.. No fim por um acaso do destino acabei não conseguindo ali, e fui obrigada a me acostumar com a ideia de ter de fazer novos amigos. Matriculei-me no Colégio Estadual Dom João Becker. No começo foi difícil. Já tinha amigos feitos anteriormente e chegar ali naquela outra realidade foi um pouco assustador para mim. Com o passar do tempo fui conseguindo me acostumar e até a gostar dali. Antigamente costumávamos dizer que o DJB era a "Escola do Rock", devido a grande quantidade de roqueiros que estudavam e/ou andavam por ali. Eu era uma dessas pessoas. A partir do segundo ano do ensino médio as pessoas foram se aperfeiçoando e seguindo novos rumos, inclusive eu. Ainda no segundo ano do ensino médio descobri que minha melhor amiga de infância também tinha ido estudar no DJB. Nossa. Fiquei super feliz.
Um dos meus passatempos preferidos ali era sentar-me próximo da janela. Que vista:
Dali podíamos ver vários aviões pousando, helicópteros sobrevoando a cidade, era um espetáculo diário.
Certamente é desse colégio que eu mais sinto falta.
Ali fiz vários amigos, conheci muitas pessoas maravilhosas, grandes professores, aprendi muita coisa. A professora Janice e seus polígrafos de Física, o professor Nei Nordin e suas aulas incríveis e divertidas de História e Sociologia, o professor Gibrowski e a Matemática, a professora de Química, que deu uma festa muito bacana em comemoração a sua aposentadoria, e chamou nós, alunos, para a festa. As aulas de literatura eram muito bacanas também. Eventualmente ocorriam greves de professores, mas sempre conseguíamos recuperar as aulas. Gostava muito de Português, Inglês, História, Sociologia, e também Matemática, essa matéria foi difícil mas ter tirado uma boa nota na prova me encheu de orgulho e de satisfação.
Enfim, crianças, aproveitem bastante essa época de suas vidas, mais pra frente vocês lembrarão dessa época com muita saudade e vão se emocionar sempre que visitarem os seus antigos colégios.

sábado, 24 de setembro de 2016

Política no ano de 2016

Me mudei para Cachoeirinha no RS em 2013. Tomei a decisão de alterar meu domicílio eleitoral no começo de 2015, pois gostaria de ajudar a melhorar a nossa cidade, e sentia que não estava fazendo isso quando votava em Porto Alegre.

Porem, a esta altura do campeonato, faltando menos de um mês para as eleições municipais eu não tenho candidato algum. Nenhum. Estou desiludida com esta situação. Praticamente não há mulheres concorrendo, não há propostas compatíveis com meus anseios. Não vejo em lugar nenhum os tais candidatos. Pelo fato de morarmos em uma cidade que não é capital nós recebemos o sinal de TV e rádio de Porto Alegre, ou seja, com os candidatos de lá.. O que eu deveria fazer? Pesquisar quais são os tais candidatos por minha conta? 
Enfim, fui atrás de entender qual era o partido que estava já a vários anos a frente da prefeitura e descobri que o candidato mais forte atualmente é o deste mesmo partido. Ou seja, pelo que vejo quando ando aqui pela cidade é que a grande maioria dos moradores está bem satisfeito com a política praticada hoje em dia.

Não trabalho aqui e sim na capital, e no trajeto até lá vejo muitas obras inacabadas, lixo e sujeira colocados em lugares que não deveriam receber esse material.. Moramos aqui no bairro desde fevereiro de 2014, e realmente corri muito atrás de tentar melhorá-lo. Fui inúmeras vezes à prefeitura buscando uma explicação de por que ainda não temos entregas dos Correios aqui. Perdi as contas de quantas vezes fui até lá buscando uma resposta. De lá me orientavam a ligar para os Correios em Porto Alegre, e quando eu ligava eles me orientavam a procurar a área de meio ambiente da prefeitura, porque se não tinham placas nas ruas os Correios não teriam como realizar entregas aqui... Enfim, placas com os nomes e CEP´s das ruas foram colocadas. 
Depois de muito ir atrás disso, simplesmente parei. Não fui mais atrás, porque cansei. Não é do meu interesse ter que ir buscar minhas correspondências na agencia que fica a uns 10 km de onde moro sempre que chegar cartas. A última vez que soube algo a esse respeito foi que em outubro de 2016 receberíamos as entregas de correspondências em casa. Mas eu já não me importo mais.


Realmente desiludida vou votar em ninguém. Porque, de verdade, ninguém vai resolver todos os problemas da cidade. Não era bem o que eu queria fazer, pois se fosse desta forma eu tinha deixado o meu título de eleitor em Porto Alegre...

Sei que anular o voto não resolve nada, mas serve pelo menos como protesto. O voto nulo causa muitas dúvidas em todos. Encontrei uma matéria bem interessante acerca desse assunto, você pode ler ela aqui. Ela me ajudou a ter certeza do que vou fazer no dia 02/10/2016, espero que te ajudes também. 



terça-feira, 20 de setembro de 2016

A importância da família na construção de um novo ser

Ás vezes nos questionamos porque passamos por determinada situação. Eu mesma já me questionei várias vezes. A verdade é que as coisas pelas quais já passamos servem para nos preparar para as que virão. Sempre que as coisas ficam mais difíceis é porque já passamos para o próximo nível, pode notar.

A vida é um eterno aprendizado. Quando meu avô veio a falecer eu conheci a tristeza de fato. Nos momentos mais difíceis essa dor sempre aparece. Desde pequena fui muito ligada a ele. Pense numa pessoa companheira. Que estava sempre disposta a ensinar e a mimar seus netos, assim era meu avô Egydio. Acho que minhas melhores lembranças de infância se devem a ele. E como ele faz falta. Queria poder ter vivido mais com ele. Depois que me mudei com meus pais para Porto Alegre em 1997 eu convivi bem pouco com ele. Mas posso dizer com certeza meus primeiros anos de vida foram os melhores, graças a ele, e a minha avó Gema. Quando meus pais precisavam trabalhar durante a noite eu sempre dormia com eles, não gostava de dormir sozinha. Aliás, nunca gostei.

A partir dessa mudança para a capital tive que aprender a ser mais, digamos, independente. Comecei bem jovem a ir sozinha para o colégio, acredito que já na segunda série do ensino fundamental, pois como meus pais trabalhavam, era bem difícil eles poderem sair para me levar à aula.

Logo que meus pais se mudaram ali para a Benjamin Constant eu precisava que minha mãe dormisse comigo para que eu conseguisse pegar no sono. Não estava acostumada com o barulho daquela avenida movimentada até durante a noite. Com o passar do tempo minha mãe já não precisava esperar eu dormir para ir se deitar. Hoje em dia vejo que ter uma família é algo bem complicado e envolve várias coisas. Ela se sacrificou bastante para que eu crescesse. Meu pai também, graças a ele fiz meu primeiro curso básico de internet, no longínquo ano de 2009.

Devo tudo que sou hoje em dia a eles. Cada um deles colaborou com a minha evolução pessoal e isso eu carrego comigo para onde vou. Por isso eu sou muito grata pela minha.

Vida de estudante

Na época do ensino médio, as coisas pareciam que nunca iriam mudar, lembro perfeitamente de como era não ter outra atribuição a não ser ir bem nas provas de física, química, e etc. Antigamente parecia que o tempo não passava, só víamos mesmo que ele tinha passado quando esperávamos os resultados dos testes finais..

Nunca fui boa em matemática, mas eu tentava. No distante ano de 2007 ou 2008 não me recordo ao certo, meu professor de matemática teve que ir ao Rio de Janeiro onde ficaria um ou dois meses. Ele deixou a matéria conosco, e disse que quando retornasse aplicaria as provas e trabalhos finais.
Foi então que me desesperei:
- Como vou aprender a matéria se o professor não vai estar lá para me ensinar?


Nesse momento me dispus a aprender, tendo sempre em mente que não seria fácil.
Ocorre que eu me dediquei tanto que consegui entender a matéria, e no momento das provas eu soube como resolver aqueles problemas e graças a isso consegui passar de ano.. Nossa, eu fiquei tão satisfeita.

Nunca tive muita cobrança de meus pais nesse quesito. Eles sempre trabalhavam tanto que mal tinham tempo para que eu pudesse compartilhar com eles o que havia aprendido. Mas hoje em dia vejo que isso sempre esteve latente em mim, não queria perder um ano. Não porque meus pais ficariam chateados e eu ficaria de castigo, mas porque era algo já da minha personalidade.

Quando era pequena minhas avós queriam que eu fosse professora. Na época até fazia algum sentido para mim, pois entrei muito jovem no colégio, com três anos e meio já estava indo na pré escola, e eu gostava muito de aprender, e transmitir isso aos outros.


Porém conforme fui crescendo as coisas foram mudando e minhas vontades também. Assim que tive a oportunidade de escolher qual carreira seguir eu não sabia o que fazer: Gostava muito de Biologia, genes dominantes e recessivos, mas também adorava Geografia, o estudo dos biomas, dos relevos e tal, e sempre gostei muito de Português, adorava escrever, adorava gramática, ia sempre muito bem em redação. Por isso tudo estava em dúvida. Na hora de fazer o ENEM, em 2008 eu não me dediquei muito justamente por estar em dúvida. Nem lembro a minha nota.. mas não fui tão mal.
Não sabia se queria algo relacionado com idiomas, com ciência, ou jornalismo.. No fim acabei optando por um emprego. Em 2010 eu entrei no mercado de trabalho.

Maturidade.

A vida vai se modificando, tudo que você pensava no passado, com o tempo vai indo embora, e tua mente vai se abrindo para novas possibilidades.

Acho que maturidade é isso, as coisas se modificando na tua mente, as coisas trocando de lugar: o que tu não gostava de beber, hoje você bebe. Aquela comida que sua mãe fazia e que você reclamava, hoje você come sem reclamar. Maturidade é alem de adquirir responsabilidades, modificar sua mente, ou então, crescer.

As coisas que antigamente te atingiam, hoje são como uma brisa, você quase nem percebe a presença.

A maturidade faz você se descobrir, encontrar sua fortaleza, saber quem é e ter certeza de que aquilo que te fazia mal, hoje já não te faz, e pelo contrario: te faz seguir em frente, porque é assim que as coisas são.

Tem coisas que devem ficar no passado, e não seguir em frente contigo. Creio que é isso que a vida te ensina, a seguir em frente independente do que tenha acontecido no passado.

Um exemplo prático disso tudo que falei acima é o meu, até o ano de 2014 eu costumava passar mal para fazer coleta de sangue para exames. Hoje em dia, com 25 anos na cara e tendo sobrevivido a virada do ano de 2015 e à sobrecarga de tristezas e decepções e arrependimentos que vieram junto com ele já faço a coleta de sangue numa boa. 

Com o tempo você vai compreendendo que tudo é passageiro. 
Maturidade.

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